Lendo Filipenses
Um homem estrangeiro recebe seu documento de cidadania das mãos de um escrivão imperial como se estivesse recebendo uma criança para segurar em seus braços. Ser cidadão de Tarso ou de qualquer outra cidade por nascimento poderia orgulhar alguém. O que dizer, então, se alguém recebesse a cidadania romana? Esta concedia privilégios que poderiam ser desfrutados mais tarde pelos filhos também. A cidadania romana elevava uma família a um patamar acima da sofrida ralé cuja única esperança era o sonho de um dia serem dignos e livres. Paulo apelou para a sua cidadania romana quando visitou Filipos pela primeira vez (At 16.35-39). Como moradores de uma colônia romana cuja população incluía muitos soldados romanos aposentados, os filipenses entendiam muito bem o valor de uma cidadania. Paulo relembra a congregação de Filipos que, por meio de Cristo, eles haviam recebido a cidadania de uma pátria que está nos céus. Os esforços heroicos de Cristo em favor deles os permitia agora desfrutar de um modo de vida digno do seu Evangelho.
Contexto: Depois de uma batalha decisiva no ano 42 a.C., o imperador Otaviano estabeleceu Filipos como uma colônia romana e deu à cidade um status especial, igual às das cidades na Itália e livre da taxação direta de impostos. Apesar de haver muitas inscrições e esculturas em relevo de várias divindades na acrópole de Filipos, o deus mais adorado era Silvano, divindade romana dos campos e da agricultura. Paulo teria entrado em Filipos pela Via Inácia, a grande estrada que atravessava a Macedônia. Ele provavelmente encontrou-se com Lídia próximo ao riacho que corria perto do portão leste. Igrejas dedicadas a Paulo foram construídas nesse local. Arqueólogos localizaram o fórum romano no centro da cidade, onde havia muitas lojas e fontes, local onde Paulo provavelmente esteve diante das autoridades da cidade após ter sido levado preso e açoitado em público (At 16.19-23). Eles também identificaram um local próximo onde ficaria a prisão (At 16.24).
Autor:
Filipenses 1:1 identifica o apóstolo Paulo como o seu autor, provavelmente com a ajuda de Timóteo.
Quando foi escrito:
Quando foi escrito:
O livro de Filipenses foi escrito em aproximadamente 61 dC.
Propósito:
Propósito:
A Epístola aos Filipenses, uma das epístolas de Paulo na prisão, foi escrita em Roma. Foi em Filipos, onde Paulo visitou em sua segunda viagem missionária (Atos 16:12), que Lídia e o carcereiro e sua família foram convertidos a Cristo. Agora, alguns anos mais tarde, a igreja estava bem estabelecida, como se pode deduzir pelo seu tratamento inicial, o qual diz: "bispos (presbíteros) e diáconos" (Filipenses 1:1).
O motivo para a epístola foi reconhecer uma oferta monetária procedente da igreja em Filipos e levada ao apóstolo por Epafrodito, um dos seus membros (Filipenses 4:10-18). Esta é uma delicada carta para um grupo de cristãos que eram especialmente próximos ao coração de Paulo (2 Coríntios 8:1-6) e, comparativamente, pouco é dito sobre o erro doutrinário.
Versículos-chave:
O motivo para a epístola foi reconhecer uma oferta monetária procedente da igreja em Filipos e levada ao apóstolo por Epafrodito, um dos seus membros (Filipenses 4:10-18). Esta é uma delicada carta para um grupo de cristãos que eram especialmente próximos ao coração de Paulo (2 Coríntios 8:1-6) e, comparativamente, pouco é dito sobre o erro doutrinário.
Versículos-chave:
Filipenses 1:21: "Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro."
Filipenses 3:7: "Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo."
Filipenses 4:4: "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos."
Filipenses 4:6-7: "Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus."
Filipenses 4:13: "Tudo posso naquele que me fortalece."
Resumo:
Filipenses 3:7: "Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo."
Filipenses 4:4: "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos."
Filipenses 4:6-7: "Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus."
Filipenses 4:13: "Tudo posso naquele que me fortalece."
Resumo:
Filipenses pode ser chamado de "Recursos através do sofrimento". O livro é sobre Cristo em nossa vida, Cristo em nossa mente, Cristo como nossa meta, Cristo como nossa força e alegria através do sofrimento. Ele foi escrito durante a prisão de Paulo em Roma, cerca de 30 anos após a ascensão de Cristo e cerca de dez anos depois de Paulo ter pregado em Filipos pela primeira vez.
Paulo era um prisioneiro de Nero, mas a Epístola transborda com mensagens de triunfo. As palavras "alegria", "gozo" e "regozijo" aparecem com frequência (Filipenses 1:4, 18, 25, 26, 2:2, 28; Filipenses 3:1, 4:1, 4,10). Uma experiência cristã correta é experimentar, independente de nossas circunstâncias, a vida, a natureza e a mente de Cristo habitando em nós (Filipenses 1:6, 11; 2:5, 13). Filipenses atinge o seu auge em 2:5-11 com a declaração gloriosa e profunda sobre a humilhação e exaltação de nosso Senhor Jesus Cristo.
Filipenses pode ser dividido da seguinte forma:
Introdução, 1:1-7
Paulo era um prisioneiro de Nero, mas a Epístola transborda com mensagens de triunfo. As palavras "alegria", "gozo" e "regozijo" aparecem com frequência (Filipenses 1:4, 18, 25, 26, 2:2, 28; Filipenses 3:1, 4:1, 4,10). Uma experiência cristã correta é experimentar, independente de nossas circunstâncias, a vida, a natureza e a mente de Cristo habitando em nós (Filipenses 1:6, 11; 2:5, 13). Filipenses atinge o seu auge em 2:5-11 com a declaração gloriosa e profunda sobre a humilhação e exaltação de nosso Senhor Jesus Cristo.
Filipenses pode ser dividido da seguinte forma:
Introdução, 1:1-7
I. Cristo, a vida do cristão: Regozijar-se apesar do sofrimento, 1:8-30
II. Cristo, o modelo do cristão: Regozijar-se em servir com humildade, 2:1-30
III. Cristo, o objeto da fé, desejo e perspectiva do cristão, 3:1-21
IV. Cristo, a fortaleza do cristão: Regozijar-se em meio à angústia, 4:1-9
Conclusão, 4:10-23
Conexões: Assim como em muitas de suas cartas, Paulo advertiu os novos crentes na igreja de Filipos para terem cuidado com a tendência ao legalismo que continuamente aparecia nas igrejas primitivas. Os judeus estavam tão ligados à lei do Antigo Testamento que havia um esforço constante por parte dos judaizantes de retornar ao ensino da salvação pelas obras. Entretanto, Paulo reiterou que a salvação é somente pela fé em Cristo e apelidou os judaizantes de "cães" e "maus obreiros". Em particular, os legalistas estavam insistindo que os novos crentes em Cristo deviam continuar sendo circuncidados de acordo com os requisitos do Antigo Testamento (Gênesis 17:10-12; Levítico 12:3). Desta forma, eles tentaram agradar a Deus por seus próprios esforços e elevar-se a uma posição superior à dos cristãos gentios que não participavam do ritual. Paulo explicou que aqueles que foram lavados pelo sangue do Cordeiro não mais precisavam realizar o ritual que simbolizava a necessidade de um coração puro.
Aplicação Prática:
Conexões: Assim como em muitas de suas cartas, Paulo advertiu os novos crentes na igreja de Filipos para terem cuidado com a tendência ao legalismo que continuamente aparecia nas igrejas primitivas. Os judeus estavam tão ligados à lei do Antigo Testamento que havia um esforço constante por parte dos judaizantes de retornar ao ensino da salvação pelas obras. Entretanto, Paulo reiterou que a salvação é somente pela fé em Cristo e apelidou os judaizantes de "cães" e "maus obreiros". Em particular, os legalistas estavam insistindo que os novos crentes em Cristo deviam continuar sendo circuncidados de acordo com os requisitos do Antigo Testamento (Gênesis 17:10-12; Levítico 12:3). Desta forma, eles tentaram agradar a Deus por seus próprios esforços e elevar-se a uma posição superior à dos cristãos gentios que não participavam do ritual. Paulo explicou que aqueles que foram lavados pelo sangue do Cordeiro não mais precisavam realizar o ritual que simbolizava a necessidade de um coração puro.
Aplicação Prática:
Filipenses é uma das cartas mais pessoais de Paulo e, como tal, tem várias aplicações pessoais aos crentes. Escrita durante a sua prisão em Roma, Paulo exorta os filipenses a seguirem o seu exemplo e anunciar “a palavra com maior determinação e destemor” (Filipenses 1:14) em tempos de perseguição. Todos os cristãos têm experimentado, em um momento ou outro, a animosidade dos incrédulos contra o evangelho de Cristo. Isso é de se esperar. Jesus disse que o mundo o odiava e odiaria os Seus seguidores também (João 5:18). Paulo exorta-nos a perseverar em face de perseguição, a permanecer firmes "num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho" (Filipenses 1:27).
Uma outra aplicação de Filipenses é a necessidade dos cristãos permanecerem unidos em humildade. Estamos unidos com Cristo e temos que nos esforçar para estar unidos uns aos outros da mesma maneira. Paulo nos encoraja a “ter o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude” e a repudiar a vaidade e egoísmo, mas ”humildemente considerem os outros superiores a si mesmo", prestando atenção aos interesses dos outros e cuidando uns aos outros (Filipenses 2:2-4). Haveria muito menos conflito nas igrejas hoje se todos seguíssemos o conselho de Paulo.
Uma outra aplicação de Filipenses é a do gozo e alegria encontrados ao longo de sua carta. Ele se alegra que Cristo está sendo proclamado (Filipenses 1:8), em sua perseguição (2:18), exorta os outros a se alegrarem no Senhor (3:1), e refere-se aos irmãos de Filipos como a sua “alegria e coroa” (4:1). Ele resume com esta exortação aos crentes: "Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se!" (4:4-7). Como crentes, podemos nos alegrar e experimentar da paz de Deus quando lançamos todos os nossos cuidados sobre Ele: "Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus" (4:6). A alegria de Paulo, apesar da perseguição e prisão, brilha através desta carta e temos a promessa da mesma alegria quando focalizamos nossos pensamentos no Senhor (Filipenses 4:8).
Uma outra aplicação de Filipenses é a necessidade dos cristãos permanecerem unidos em humildade. Estamos unidos com Cristo e temos que nos esforçar para estar unidos uns aos outros da mesma maneira. Paulo nos encoraja a “ter o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude” e a repudiar a vaidade e egoísmo, mas ”humildemente considerem os outros superiores a si mesmo", prestando atenção aos interesses dos outros e cuidando uns aos outros (Filipenses 2:2-4). Haveria muito menos conflito nas igrejas hoje se todos seguíssemos o conselho de Paulo.
Uma outra aplicação de Filipenses é a do gozo e alegria encontrados ao longo de sua carta. Ele se alegra que Cristo está sendo proclamado (Filipenses 1:8), em sua perseguição (2:18), exorta os outros a se alegrarem no Senhor (3:1), e refere-se aos irmãos de Filipos como a sua “alegria e coroa” (4:1). Ele resume com esta exortação aos crentes: "Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se!" (4:4-7). Como crentes, podemos nos alegrar e experimentar da paz de Deus quando lançamos todos os nossos cuidados sobre Ele: "Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus" (4:6). A alegria de Paulo, apesar da perseguição e prisão, brilha através desta carta e temos a promessa da mesma alegria quando focalizamos nossos pensamentos no Senhor (Filipenses 4:8).
Fonte: Gotquestions
Bíblia de Estudo da Reforma